O flúor é utilizado na odontologia para inibir ou até mesmo reverter o desenvolvimento e progressão da cárie dentária. Para controlar a cárie dentária, foi introduzido em 1945 e 1946 nos EUA e Canadá, através da fluoretação da água. O sucesso dessa medida levou ao desenvolvimento de produtos contendo flúor, incluindo cremes dentais, enxaguatórios bucais, suplementos alimentares e produtos para aplicações especiais, como géis e vernizes. Embora os efeitos do flúor tenham sido documentados e bem compreendidos há muito tempo, seu uso na pasta de dente infantil ainda gera polêmicas. Desde 2009, a Associação Brasileira de Odontopediatria recomenda o uso de creme dental com flúor. As regras são: Creme dental infantil contendo pelo menos 1100 ppm de flúor em sua composição. Aplicar a quantidade correta em uma escova, conforme prescrito por um dentista infantil, conforme a idade da criança ou bebê. Desde então, esperávamos que os rótulos dos cremes dentais infantis retirassem a indicação de idade, o que, afinal, gera mais dúvidas na hora de adquirir o produto. Portanto, o dentifrício sem flúor não é recomendado, não há benefício em seu uso, e não tem efeito ou aplicabilidade no controle da cárie dentária. Beijos e sorrisos. Resp. Tec. Dra. Mônica Savariz CRO SC 4758 | Cirurgiã DentistaHorário de atendimento da Clínica:Segunda a sexta das 8h às 22h | sábado das 8h às 19h.Rua da Praça, 241, Ed. Office Green (sala 612), Passeio Pedra Branca - Palhoça/SCWhatsApp: https://bit.ly/2Ly9SAR
A especialidade de Odontopediatria é de extrema importância para a prevenção, controle e manutenção dos dentes de leite e permanentes na cavidade bucal durante o desenvolvimento de uma criança. Com o avanço da ciência na Odontologia ao longo dos anos, a profissão tornou-se um serviço mais humanizado, onde é muito importante e relevante a relação entre paciente – profissional. Sendo o primeiro contato da criança com o seu Odontopediatra de suma importância para o desenvolvimento, ao longo do tempo, de uma saudável relação de confiança entre ambos. Os pais/responsáveis têm o importante papel de orientar e instruir as crianças sobre a visita ao dentista. Com o intuito de, antecipadamente, minimizar possíveis danos psicológicos e anseios com relação a esse primeiro contato. A ansiedade e o medo entre os pacientes pediátricos são características presentes durante a prática odontológica de rotina e, muitas vezes, dificulta o desenvolvimento dos procedimentos clínicos necessários. A capacidade de comunicação das crianças são limitadas e, frequentemente, não conseguem expressar de forma adequada seus medos e ansiedades em palavras. Desta forma, é muito comum durante os atendimentos o choro, os gritos, a relutância e resistência em realizar a abordagem clínica necessária. Assim, em vários casos, o profissional capacitado lança mão de técnicas não farmacológicas (comportamentais) e muitas vezes também farmacológicas, para a adaptação comportamental do paciente. Odontopediatras aplicam técnicas de gestão comportamental para diminuir ou até mesmo anular o medo e a ansiedade pela visita odontológica. A American Academy of Pediatric Dentistry, publica com frequência um guia denominado de Guia de Manejo do Comportamento Infantil, que possui a finalidade de melhorar os atendimentos odontopediátricos, por meio de técnicas de manejo comportamental durante as intervenções clínicas. O odontopediatra deve estar apto a avaliar exatamente o nível de desenvolvimento da criança, suas atitudes, seu temperamento e predizer a sua reação ao tratamento odontológico. Cada técnica deve ser integrada a uma abordagem de aproximação geral, no entanto, individualizada para cada paciente pediátrico. Ter uma compreensão básica do desenvolvimento cognitivo da criança, trocando mensagens com ela, as quais sejam compatíveis com o seu nível intelectual é de grande importância. As reações das crianças ao tratamento odontológico podem ser influenciados por diversos fatores como por exemplo: a idade da criança, o nível cognitivo, a sua personalidade, a reação ao desconhecido e, até mesmo, a ansiedade materna. O manejo das crianças não colaboradoras é uma parte importante da prática clínica. “Mostrar, falar, fazer”; reforço positivo; modelagem; controle de voz e, a estabilização física protetora são algumas das técnicas para gerenciar o comportamento do paciente durante o atendimento odontológico. No presente texto informativo vamos relatar um pouco sobre a técnica de estabilização protetora, também às vezes denominada contenção ou restrição física durante o atendimento pediátrico. Ressalta-se aqui, a importância do papel dos pais e de nós profissionais, em comunicá-los, previamente, sobre as técnicas de manejo do comportamento infantil antes da abordagem clínica. Além disso, como profissionais, sempre buscamos o auxílio, a compreensão, e a participação dos pais nos cuidados dentários. Normalmente existe uma aceitação satisfatória dos pais, frente às técnicas de manejo de comportamento, o que por consequência, gera uma melhora no desenvolvimento e na finalização dos tratamentos odontológicos. A estabilização protetora tem a finalidade de definir um tratamento de qualidade com segurança para os pacientes que não estão cooperando. — A fim de evitar injúrias e acidentes durante a realização de um procedimento odontológico. Costumo realizar na primeira avaliação uma conversa esclarecedora aos pais/responsáveis, e sempre ressalvo que todos os instrumentais odontológicos são cortantes, desta forma, não é possível iniciar um tratamento na cadeira odontológica com movimentos repentinos ou bruscos. Diante de uma situação de medo e estresse a criança tem o costume de impedir ou atrapalhar a realização adequada do procedimento, com o intuito de fuga e autoproteção. Logo, a estabilização protetora é feita normalmente com ajuda dos pais e profissionais auxiliares do ambiente odontológico. Com a intenção de se evitar a movimentação da cabeça e do corpo do paciente, para que não ocorra injúrias, a criança mesmo estabilizada pode e deve receber carinho, palavras de afeto, de ternura e coragem, para diminuir aos poucos, sua resposta opositora. A limitação motora da criança pode envolver uma outra pessoa — como algum dos responsáveis — ou algum dispositivo de imobilização. Geralmente, o que ocorre é a contenção por meio de um dos responsáveis dispostos a proteger a criança como se fosse um ‘abraço de urso’, evitando possíveis ferimentos. A Academia Americana de Odontologia Pediátrica salienta os objetivos, assim como as indicações da estabilização protetora. Como objetivos por meio desta técnica comportamental não farmacológica, temos a função de reduzir ou eliminar o movimento intempestivo; proteger o paciente, a equipe, o dentista, os pais de qualquer ferimento; facilitar a realização do tratamento odontológico de qualidade. As indicações para estabilização são: pacientes que requerem o diagnóstico imediato e/ou tratamento e não podem cooperar devido à falta de maturidade; pacientes que não podem cooperar devido a sua incapacidade mental ou física; pela segurança do paciente que estaria em risco sem o uso da estabilização protetora, além de pacientes que estão sedados, estes requerem uma estabilização limitada para se reduzir os possíveis movimentos intempestivos. Portanto, é preciso enfatizar que o manejo comportamental da criança por meio da técnica de estabilização protetora não é algo obrigatório ou primordial, mas que quando necessário e verificado é importante aplicar para a realização de uma eficiente abordagem clínica. Promover uma atitude positiva, confiável e segura para proporcionar cuidados com a criança são de máxima importância para o exercício da Odontopediatria. Dra. Flávia Isaia Vieira.Especialista e Mestra em Odontopediatria | CRO SC 15.360 Horário de atendimento da Clínica Odontológica Dra. Mônica Savariz | CRO SC 759Segunda a sexta das 8h às 22h | Sábado das 8h às 19h.Whatsapp: https://bit.ly/2Ly9SARR. da Praça, 241 - Passeio Pedra Branca - Ed. Office Green (sala 612) - Palhoça/SC.Resp. Tec. Dra. Mônica Savariz | CRO SC 4758 | Cirurgiã Dentista